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O CLAMOR QUE EMERGE DE BLUMENAU

O clamor que emerge de Blumenau… Pede que voltemos nossa atenção à educação que se vive nas famílias e nas escolas, na sociedade como um todo. Nas discussões de currículos e da função da escola muito se fala na “educação sócio emocional”, mas pouco se explicita como colocar em prática esse conceito.

Professores e pais não estão preparados para essa tarefa e o que vemos são atividades rasteiras que não atingem nem o verniz que recobre o conceito.
Equipes de escolas necessitam urgentemente de psicólogos, psicopedagogos e filósofos bem formados e preparados para trabalhar as nuances do aprender e do viver consigo mesmo e com a sociedade.

A “felicidade” almejada implica em absorver frustrações, em superar obstáculos, em se ter respeito às regras e limites estabelecidos com clareza e objetividade. Enquanto estivermos atentos somente à satisfação dos desejos e ao policiamento externo não teremos pessoas que saibam viver em grupo e terão na violência o instrumento de mostrar suas insatisfações.

A criança necessita saber que é amada, acolhida, mas não é o centro do universo familiar ou social. Saber se conter faz parte do crescimento e da trilha que conduz a vida repleta de momentos de sofrimento, de dor física e emocional, de alegrias, de celebrações e de felicidade. Este é o novo homem sonhado por Montessori e muitos outros pensadores que buscaram o equilíbrio entre o desejo e o dever, entre o ser e o ter, entre servir e ser servido…

Edimara de Lima
Presidente da Organização Montessori do Brasil – OMB