Sistema Montessori
Um sistema é definido pela relação de suas partes.
Especificamente na Educação Montessoriana, não é a filosofia ou a metodologia tratadas individualmente que nos darão a possibilidade de entendê-la. Por constituírem-se em partes, são ordenadas hierarquicamente; mesmo com fronteiras claras que protegem a função de cada uma, estão a serviço e em sintonia com o todo.
Ao contrário de outros pesquisadores educacionais, a Drª. Montessori desenvolveu um método pedagógico para colocar em prática sua filosofia.
Entendia por Auto Construção: que a formação da estrutura do ser humano seria fruto de uma força interior; que se realizaria sob a influência do meio e dos períodos de desenvolvimento. Estes períodos, de características próprias, foram por ela assim definidos:
1° Período – Do nascimento aos 6 anos
A criança realiza sua própria construção através da exploração e da absorção do ambiente que a circunda. Sua inteligência labora em função do “externo” e das relações superficiais existentes entre os objetos e suas qualidades. É um período essencialmente sensorial.
2° Período – Dos 6 aos 12 anos
Nesta fase, o jovem é capaz de relacionar os fatos à luz da razão, preocupando-se com o “como” e com o “porquê” das coisas. É a entrada no mundo da abstração.
3° Período – Dos 12 aos 18 anos
O mundo passa a interessá-lo sob um ponto de vista diferente: procura aquilo que deve fazer, ou seja, desperta para o problema das causas e dos efeitos.
Em Educação como Ciência, defendia que esta resultaria de uma pedagogia científica que fosse capaz de respeitar as leis do desenvolvimento da criança e suas fases evolutivas. E, por fim, em Educação Cósmica fazia referência ao respeito às leis estabelecidas na estreita relação entre natureza e vida e sociedade humana; reconhecendo que é a “tarefa cósmica” de cada ser, que mantém a harmonia da vida e que torna possível a evolução.
A Drª. Montessori jamais considerou sua obra concluída, ao contrário, manifestou a expectativa de vê-la continuada e acrescida… “Se a ciência começasse a estudar os homens, conseguiria não só fornecer novas técnicas para a educação das crianças e dos jovens, mas chegaria a uma compreensão profunda de muitos fenômenos humanos e sociais que estão ainda envolvidos em espantosa obscuridade. A base da reforma educativa e social, necessária aos nossos dias, deve ser construída sobre o estudo científico do homem desconhecido.”
Esta seria a tarefa inevitável dos que a sucederiam… Realinhar suas propostas à luz dos eventos intelectuais, culturais e científicos subsequentes.
Esta é a nossa tarefa!